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Descubra a Influência dos Traços de Personalidade nos Comportamentos de Risco no Trânsito

Atualizado: 14 de ago. de 2023


trânsito

A psicologia de trânsito é uma área que estuda os comportamentos das pessoas no trânsito, assim como os fatores humanos que podem influenciar ou alterar esses comportamentos, consciente ou inconscientemente. Ela reconhece que certas condutas dos indivíduos podem contribuir para a ocorrência de acidentes, além de atribuir a causa dos acidentes não apenas a aspectos como falhas mecânicas ou condições adversas, mas também a erros humanos.


Diversos estudos têm destacado o papel do fator humano como uma das principais causas dos acidentes de trânsito. Erros de reconhecimento, decisão e comportamentos de risco são apontados como causas humanas diretas que precedem os acidentes. Esses erros incluem julgamento inadequado, técnica de condução inadequada, velocidade excessiva e sinalização inadequada, entre outros.


Pesquisas mostram que os erros do condutor, pedestre e as condições do condutor são fatores centrais nos acidentes de trânsito. Comportamentos de risco relacionados a problemas na ação do condutor são identificados como o cerne dos acidentes, sendo mais relevantes do que agressividade ou irresponsabilidade.


Condições e estados emocionais dos motoristas desempenham um papel importante nos acidentes, pois podem afetar negativamente a capacidade do motorista de processar informações relevantes para uma condução segura. Esses estados emocionais, juntamente com as condições físicas, mentais, experiência e familiaridade, são considerados causas essenciais dos acidentes.


Entre as condições emocionais mais relacionadas aos acidentes de trânsito, podemos mencionar a raiva, o estresse, a ansiedade, a agressividade e a angústia. Muitas dessas emoções estão associadas à personalidade dos indivíduos. Portanto, certas características de personalidade podem afetar negativamente os comportamentos dos motoristas no trânsito e aumentar as chances de envolvimento em acidentes. Essa relação levou à realização de pesquisas para investigar a possível conexão entre traços de personalidade e comportamentos dos motoristas.


Nessa perspectiva, é possível considerar que a situação do trânsito e as tensões provocadas por ele podem levar a comportamentos imprevisíveis, que não estão necessariamente associados a características mais estáveis das pessoas, conforme sugerido no estudo da personalidade baseado na teoria dos traços e dos cinco grandes fatores. Esses comportamentos podem ser resultado de um estado momentâneo, uma situação específica. Surge então a questão de até que ponto os exames psicotécnicos de avaliação da personalidade podem ser utilizados para prever tais comportamentos de risco no trânsito. Essa suposição é levantada ao incluir esse tipo de exame como parte dos requisitos para obter a licença de condução. Diversos estudos, como os de Sànchez Bernardos e Dolores Ávia (1995), Eysenck (1971), Hutz et al. (1998) e McCrae e John (1992), abordam essa questão.


Nesse contexto, os dados apresentados podem ser considerados como evidências de validade por meio de relações com outras variáveis para a lista de adjetivos descritores da personalidade. De acordo com a concepção de Anastasi e Urbina (2000), essa forma de validade pode ser classificada como validade de critério concorrente, uma vez que existe uma medida de avaliação da personalidade e uma avaliação de critério que indica a ocorrência de infrações de trânsito que são avaliadas simultaneamente.





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