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Avaliações Psicológicas Compulsórias

Atualizado: 14 de abr. de 2022



As avaliações psicológicas compulsórias são alvo de discussão na psicologia desde a regularização da profissão, em 27 de agosto de 1962.

Por um lado, há a necessidade de avaliar algumas características fundamentais para embasar uma tomada de decisão e, por outro, há a discussão sobre o que é especificidade da psicologia para se avaliar ou não.

Independente das discussões, atualmente, faz-se avaliações psicológicas compulsórias para os seguintes contextos:

· Trânsito

· Porte de Armas

· Cirurgia Bariátrica

· Concursos Públicos

· Reprodução Assistida

· Aviação Civil

· Readequação Genital

· Forças Armadas

· Transplante de órgãos

· Processos de adoção

· Processos de guarda de crianças ou adolescentes

Qual é o objetivo de uma Avaliação Psicológica Compulsória?

O objetivo de uma avaliação psicológica compulsória é subsidiar a tomada de decisão com base em um critério cientificamente estruturado. Essa tomada de decisão pode ser feita pelo próprio psicólogo ou por um profissional solicitante, dependendo do contexto da avaliação.

Para cada um desses contextos há regras e procedimentos a serem seguidos, alguns com normativas do Conselho Federal de Psicologia ou de órgãos governamentais federais, estaduais ou municipais, outros com orientações específicas para cada procedimento, mas todos com a exigência da excelência técnica e do cuidado ético.

Características Especiais da Avaliação Psicológica Compulsória

Há alguns cuidados especiais que devemos tomar ao realizar uma avaliação compulsória, pois ela é, por princípio, diferente de outros tipos de avaliação, na qual o avaliado busca pela avaliação de forma voluntária.

Há 2 pontos que destacamos como importantes na hora de planejar uma avaliação psicológica compulsória:

1º: O avaliado não necessariamente escolheu fazer uma avaliação psicológica, mas tem que passar por ela como um meio para obter seu objetivo fim;

Para isso é muito importante, logo no início do contato com ele, explicar as condições desta avaliação e estabelecer o “contrato”: explicar quais as condições o trouxeram a aquela avaliação e quais são os possíveis resultados daquele processo. Isso ajuda não só no estabelecimento de um contato inicial bem estruturado como também na adequação das expectativas do avaliado ao processo de avaliação.

2º: O avaliado pode estar mais ou menos disponível a ser colaborativo e se entregar ao processo de avaliação a depender do seu objetivo final.

Toda avaliação compulsória está lidando com os interesses do avaliado. Com isso o psicólogo deve estar preparado para lidar com possíveis tentativas de manipulações (conscientes ou inconscientes) e com fatores de desafabilidade social.


Para minimizar esses efeitos é muito importante que o psicólogo saiba escolher quais instrumentos vai usar ao realizar uma avaliação psicológica compulsória.

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